28 de abr. de 2009

Não quero fazer parte da intolerancia!

Às vezes fico pasmo como as pessoas podem se alienar, mesmo com um bombardeio de informações muitos insistem em permanecer sem absorver, o pouco que seja algo de tudo que é derramado em nossos olhos e ouvidos todos os dias. E isso fica claro quando em uma conversa sobre algum tema atual, alguém dispara em nossa direção alguma pergunta irrelevante, algo obvio em que as duvidas às vezes não precisam ser exposta, pois a situação já deixa esclarecida.
Mas eu também sou adepto da turma que faz cara de quem entendeu tudo, quando não se tem a mínima idéia do que esta sendo dito. E o complicado é quando alguém pergunta sua opinião, mas ter desenvoltura e falar sobre algo que desconhece não é para qualquer um.
E estou falando isso tudo para que vocês entendam um pouquinho do que vou falar, pois já algum tempo venho pedido a amigos e conhecidos para ajudar nessa corrida, e todos sempre tem muitas duvidas. Com receio de dizer alguma banalidade, peço para que se informem antes de qualquer coisa, mas vou tentar fazer minha parte direito.
A campanha NÃO HOMOFOBIA foi desenvolvida pelo Grupo Arco Íris cidadania GLBT, uma ONG que luta em prol dos direitos dos gays, lésbicas e transexuais. A fim de juntar assinaturas em um abaixo assinado virtual, eles poderão cobrar junto aos parlamentares uma dedicação maior ao projeto de lei PLC 122/2006. Se aprovado ele permitira aos homossexuais, bissexuais e transexuais uma proteção que hoje não é prevista em nossa constituição, mas julgar ou não uma pessoa por sua orientação sexual é de fato ignorância.

Boa parte das pessoas que vão contra a aprovação desta lei, defende seu ponto de vista por vários motivos, e não vou julgar os motivos e os seus donos, mas apontar a orientação sexual de alguém com algo em que se pode optar, ou como um terceiro sexo é ridículo. E é justamente isso que se torna, ridículo qualquer atitude ou opinião sem embasamento, não sabe de onde são essas pessoas que explicitaram essa expressão, “terceiro sexo”. Isso vem do oriente, e pode se dizer que nasceu do hinduismo, onde o “Terceiro Sexo” é respeitado, e venerado por todos, pois sabem reconhecer que uma pessoa em que não se pode contar com a família, tem muito a ensinar.
Tirando a Polinésia onde eles têm como parte da cultura, educar um de seus filhos como menina, e casar com outro homem depois de adulto, se assim quiserem, pois não é obrigatoriedade, são chamados de Mahus. Mas o fato de ser educado como mulher é inerente a sua vontade, a sua família quem escolhe qual será criado desta forma, e toda família que tem um filho educado assim é bem vista por sua sociedade. Porque assim como na restante do mundo as pessoas tendem a excluir de seu convívio, e ate mesmo apontar o diferente por falta de esclarecimento, mas e cabível entender que alguns séculos atrás, não tinham tanta informação e muito menos acesso a elas. Hoje em dia quem se priva de obter, ou fechar os olhos para ser uma pessoa bem informada, e principalmente saber conviver num meio social onde é composto de infinidades de pessoas diferentes, educações e pensamentos oposto, entender que respeito é fundamental seria o bastante.




O bastante para uma convivência onde intrigas, brigas e oportunidade de uma situação onde haja preconceito, ou qualquer tipo de discriminação sejam qual for não teria espaço. E pode ser que chegue esse tempo, pois assim como a sociedade, e o ser humano principalmente todos nós, evoluímos a ponto de aceitar o negro, o japonês, a mulher e o homem como iguais, e a criança como pessoinhas que precisam de atenção e dedicação especial.Muitas pessoas esquecem que a sociedade, a cerca de 100 anos atrás não era, e muito menos pensava em ser com esta hoje. Onde todos que não eram brancos e homens, eram discriminados e não tinham voz ativa, nem dentro de casa.
Muitos conseguem me deixar embasbacado, quando vejo defender o direito de poder ofender o próximo, apontar e ate boicotar por qualquer diferença que seja, pois o todo não e composto de pessoas iguais, e muito menos de um padrão. E esta lei vem para apoiar uma parcela da população que não vem aumentado, mas graças aos esclarecimentos e informações, tem despertado em todos que se vêem com uma orientação sexual diferenciada ou não convencional, mas não deixa de ser moralmente correta desde o momento que não exponha o outro a constrangimentos, essas pessoas estão percebendo que, podem e devem viver desta maneira sem receios e temores.
Mas exposição de pensamentos de pessoas intolerantes, às vezes me deixa um pouco receoso, pois posso sofrer alguma retaliação, ou ate mesmo ser agredido por alguém intolerante, e é contra esse comportamento que essa lei vem apoiar a população GLBT. Pois não sei se vocês sabem que se algum gay, travesti, lésbica, homossexual, bissexual for ofendido ou agredido na rua, no trabalho ou qualquer outro lugar, se esta pessoa for a uma delegacia de policia e quiser registrar uma queixa, não poderá usar o preconceito como intenção da agressão sofrida. No Maximo por lesão corporal, assim como o racismo a discriminação sexual deve ser considerada crime, uma pessoa não pode ofender, agredir ou excluir outra por sua orientação sexual, um pedófilo, por exemplo, como todos dizem que pode usar essa lei para se proteger, não será fácil assim, pois tem uma outra lei que protege crianças e adolescentes contra esse comportamento.
O correto seria toda a constituição passar por uma reforma, e não precisaria consultar a sociedade como fizeram contra o desarmamento, para todas as leis, mas outras ferramentas poderiam ser usadas, afinal a tecnologia esta ai para nos proporcionar certas facilidades. O código penal brasileiro, por exemplo, esta tão defasado que se fosse por em pratica, muitos estariam atrás das grades, pois traição conjugal é passível de prisão. Tem uma diferença bem grande entre, podar comportamentos e pensamentos, todos têm direito de achar algo sobre determinado assunto, e gostar ou não de algo. A diferença e como você pode e deve expor esses pensamentos, idéias e opiniões.
Quando todos souberem respeitar, e se comportar diante do contexto geral que compõe essa sociedade em que vivemos, não será necessário lembrar que tem uma lei que ampara determinado grupo de pessoas, assim como hoje não se vê agressões contra negros e mulheres nas ruas, pois souberam conquistar respeito, e dignidade, mesmo com ampara de uma lei, mas estamos longe de viver uma plenitude, mesmo para eles.
Assim como a lei que prevê a legalidade da união cível entre pessoas de mesmo sexo esta sendo confundida, pois muitos e ate mesmo parte do grupo GLBT distorce, por pura falta de informação também. A união cível não obrigará uma igreja a realizar uma cerimônia, mas tornará legal a união entre duas pessoas do mesmo sexo, assim como um tornando se dependente do outro diante de algumas situações como, imposto de renda, plano de saúde e principalmente, será reconhecido como herdeiro diante a morte do outro. A lei contra homofobia, não proibira você de não gostar de gays e afins, mas seu comportamento para com um destes deverá ser de respeito, se contrario a isso deverá ser penalizado, assim como não poder dirigir alcoolizado. Ninguém proíbe você de beber, mas você não pode dirigir embriagado.
Você tem o direito de escolher as pessoas que fazem parte da sua vida, mas sua vida pessoal, intima, profissional ou sociável, se a lei for aprovada não será permitido usar a intimidade sexual de outra pessoa, como causador de ofensas, agressões e exclusões, tanto da sociedade ou do contexto profissional. Não sei se esclareci duvidas, mas acho que estamos um passo a menos do retrocesso, isso sim, pois não aprovar essa lei é o mesmo que dizer que o Brasil se trata de um sociedade intolerante.


Mais informações www.naohomofobia.com.br e ate mesmo para fazer parte do abaixo assinado.

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