28 de abr. de 2009

Não quero fazer parte da intolerancia!

Às vezes fico pasmo como as pessoas podem se alienar, mesmo com um bombardeio de informações muitos insistem em permanecer sem absorver, o pouco que seja algo de tudo que é derramado em nossos olhos e ouvidos todos os dias. E isso fica claro quando em uma conversa sobre algum tema atual, alguém dispara em nossa direção alguma pergunta irrelevante, algo obvio em que as duvidas às vezes não precisam ser exposta, pois a situação já deixa esclarecida.
Mas eu também sou adepto da turma que faz cara de quem entendeu tudo, quando não se tem a mínima idéia do que esta sendo dito. E o complicado é quando alguém pergunta sua opinião, mas ter desenvoltura e falar sobre algo que desconhece não é para qualquer um.
E estou falando isso tudo para que vocês entendam um pouquinho do que vou falar, pois já algum tempo venho pedido a amigos e conhecidos para ajudar nessa corrida, e todos sempre tem muitas duvidas. Com receio de dizer alguma banalidade, peço para que se informem antes de qualquer coisa, mas vou tentar fazer minha parte direito.
A campanha NÃO HOMOFOBIA foi desenvolvida pelo Grupo Arco Íris cidadania GLBT, uma ONG que luta em prol dos direitos dos gays, lésbicas e transexuais. A fim de juntar assinaturas em um abaixo assinado virtual, eles poderão cobrar junto aos parlamentares uma dedicação maior ao projeto de lei PLC 122/2006. Se aprovado ele permitira aos homossexuais, bissexuais e transexuais uma proteção que hoje não é prevista em nossa constituição, mas julgar ou não uma pessoa por sua orientação sexual é de fato ignorância.

Boa parte das pessoas que vão contra a aprovação desta lei, defende seu ponto de vista por vários motivos, e não vou julgar os motivos e os seus donos, mas apontar a orientação sexual de alguém com algo em que se pode optar, ou como um terceiro sexo é ridículo. E é justamente isso que se torna, ridículo qualquer atitude ou opinião sem embasamento, não sabe de onde são essas pessoas que explicitaram essa expressão, “terceiro sexo”. Isso vem do oriente, e pode se dizer que nasceu do hinduismo, onde o “Terceiro Sexo” é respeitado, e venerado por todos, pois sabem reconhecer que uma pessoa em que não se pode contar com a família, tem muito a ensinar.
Tirando a Polinésia onde eles têm como parte da cultura, educar um de seus filhos como menina, e casar com outro homem depois de adulto, se assim quiserem, pois não é obrigatoriedade, são chamados de Mahus. Mas o fato de ser educado como mulher é inerente a sua vontade, a sua família quem escolhe qual será criado desta forma, e toda família que tem um filho educado assim é bem vista por sua sociedade. Porque assim como na restante do mundo as pessoas tendem a excluir de seu convívio, e ate mesmo apontar o diferente por falta de esclarecimento, mas e cabível entender que alguns séculos atrás, não tinham tanta informação e muito menos acesso a elas. Hoje em dia quem se priva de obter, ou fechar os olhos para ser uma pessoa bem informada, e principalmente saber conviver num meio social onde é composto de infinidades de pessoas diferentes, educações e pensamentos oposto, entender que respeito é fundamental seria o bastante.




O bastante para uma convivência onde intrigas, brigas e oportunidade de uma situação onde haja preconceito, ou qualquer tipo de discriminação sejam qual for não teria espaço. E pode ser que chegue esse tempo, pois assim como a sociedade, e o ser humano principalmente todos nós, evoluímos a ponto de aceitar o negro, o japonês, a mulher e o homem como iguais, e a criança como pessoinhas que precisam de atenção e dedicação especial.Muitas pessoas esquecem que a sociedade, a cerca de 100 anos atrás não era, e muito menos pensava em ser com esta hoje. Onde todos que não eram brancos e homens, eram discriminados e não tinham voz ativa, nem dentro de casa.
Muitos conseguem me deixar embasbacado, quando vejo defender o direito de poder ofender o próximo, apontar e ate boicotar por qualquer diferença que seja, pois o todo não e composto de pessoas iguais, e muito menos de um padrão. E esta lei vem para apoiar uma parcela da população que não vem aumentado, mas graças aos esclarecimentos e informações, tem despertado em todos que se vêem com uma orientação sexual diferenciada ou não convencional, mas não deixa de ser moralmente correta desde o momento que não exponha o outro a constrangimentos, essas pessoas estão percebendo que, podem e devem viver desta maneira sem receios e temores.
Mas exposição de pensamentos de pessoas intolerantes, às vezes me deixa um pouco receoso, pois posso sofrer alguma retaliação, ou ate mesmo ser agredido por alguém intolerante, e é contra esse comportamento que essa lei vem apoiar a população GLBT. Pois não sei se vocês sabem que se algum gay, travesti, lésbica, homossexual, bissexual for ofendido ou agredido na rua, no trabalho ou qualquer outro lugar, se esta pessoa for a uma delegacia de policia e quiser registrar uma queixa, não poderá usar o preconceito como intenção da agressão sofrida. No Maximo por lesão corporal, assim como o racismo a discriminação sexual deve ser considerada crime, uma pessoa não pode ofender, agredir ou excluir outra por sua orientação sexual, um pedófilo, por exemplo, como todos dizem que pode usar essa lei para se proteger, não será fácil assim, pois tem uma outra lei que protege crianças e adolescentes contra esse comportamento.
O correto seria toda a constituição passar por uma reforma, e não precisaria consultar a sociedade como fizeram contra o desarmamento, para todas as leis, mas outras ferramentas poderiam ser usadas, afinal a tecnologia esta ai para nos proporcionar certas facilidades. O código penal brasileiro, por exemplo, esta tão defasado que se fosse por em pratica, muitos estariam atrás das grades, pois traição conjugal é passível de prisão. Tem uma diferença bem grande entre, podar comportamentos e pensamentos, todos têm direito de achar algo sobre determinado assunto, e gostar ou não de algo. A diferença e como você pode e deve expor esses pensamentos, idéias e opiniões.
Quando todos souberem respeitar, e se comportar diante do contexto geral que compõe essa sociedade em que vivemos, não será necessário lembrar que tem uma lei que ampara determinado grupo de pessoas, assim como hoje não se vê agressões contra negros e mulheres nas ruas, pois souberam conquistar respeito, e dignidade, mesmo com ampara de uma lei, mas estamos longe de viver uma plenitude, mesmo para eles.
Assim como a lei que prevê a legalidade da união cível entre pessoas de mesmo sexo esta sendo confundida, pois muitos e ate mesmo parte do grupo GLBT distorce, por pura falta de informação também. A união cível não obrigará uma igreja a realizar uma cerimônia, mas tornará legal a união entre duas pessoas do mesmo sexo, assim como um tornando se dependente do outro diante de algumas situações como, imposto de renda, plano de saúde e principalmente, será reconhecido como herdeiro diante a morte do outro. A lei contra homofobia, não proibira você de não gostar de gays e afins, mas seu comportamento para com um destes deverá ser de respeito, se contrario a isso deverá ser penalizado, assim como não poder dirigir alcoolizado. Ninguém proíbe você de beber, mas você não pode dirigir embriagado.
Você tem o direito de escolher as pessoas que fazem parte da sua vida, mas sua vida pessoal, intima, profissional ou sociável, se a lei for aprovada não será permitido usar a intimidade sexual de outra pessoa, como causador de ofensas, agressões e exclusões, tanto da sociedade ou do contexto profissional. Não sei se esclareci duvidas, mas acho que estamos um passo a menos do retrocesso, isso sim, pois não aprovar essa lei é o mesmo que dizer que o Brasil se trata de um sociedade intolerante.


Mais informações www.naohomofobia.com.br e ate mesmo para fazer parte do abaixo assinado.

22 de abr. de 2009

Mas é hora de que mesmo?

Aquela historia que disse no meu ultimo post continuo a afirmar, pois não importa a idade ou a vivencia de alguém, minhas experiências nunca trarão os mesmos resultados para você, e se acontece o mesmo contigo. Já ouvi tanto que agente não conhece ninguém, e que não duvidemos do que os outros são capazes de fazer, pois nada como a convivência para saber o que de fato pode ocorrer.
Quando você chega e um novo lugar, ou é aceito em um novo grupo tudo se torna ótimo, a recepção de todos, a alegria em te conhecer, de compartilhar conversar e experiências, as festas e bebedeiras, o trabalho, almoços e jantares, tudo muito divertido. Mas somos como crianças recém nascidas, alguém já prestou atenção como é o comportamento de todos em torno de um novo rebento?
Aqui acho que não precisa deixar mais claro que exponho meu ponto de vista, então logo não se trata de regras, mas sim de uma visão única de todos ao meu redor. E convivendo com pessoas diversas, percebi que o comportamento de todos sempre é bem parecido. Como em relação a uma criança, ate o terceiro ano ela é paparicada por todos, recebe mimos e atenção constante. Mas ao completar essa fase aos poucos todos deixam de lado esses cuidados extras, como se ela fosse capaz de sobreviver sozinha, ou ao menos se virar, pois ate ali já aprendeu muita coisa, só falta desenvolver suas habilidades. Os mimos constantes já passam a ser por merecimento e um olhar de, “Você consegue!” seguido uma ajuda com uma expressão de mau humor no rosto é obvio. Os únicos que continuam com uma paciência fora do comum, mas mesmo assim com algumas mudanças são os pais, aqueles com quem poderão contar sempre.

Esse é apenas um exemplo para dizer como as pessoas se comportam diante de algo novo, de uma casa nova, de um carro novo, de uma roupa nova e por que não diante de pessoas novas em nossos ciclos de amizades, familiares e ate mesmo de trabalho.
Mas às vezes perceber que os prováveis culpados para essas mudanças somos nós, é um passo para corremos atrás do prejuízo, e não necessariamente fazer com que algo perdido volte atrás, mas ir adiante à luta de novas conquistas. E fico imaginando tentando entender o sentido da musica que cantamos para comemorar um aniversario de alguém, mas para quer perder meu tempo se muitas coisas na vida não fazem sentido algum.
Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida

Ate ai tudo bem, podemos compreender a mensagem da musica claramente, mas depois de repetir isso algumas vezes, chega uma parte que não tem nexo algum.
É pique é pique é pique é pique é pique
É pique? Mas ate onde sei pique é coisa de brincadeira, onde não se pode ser o que vai atrás de todos.
É hora é hora é hora é hora é hora
Mas é hora de que mesmo? dependendo da idade isso pode ser um, "É hora de você dar um jeito na sua vida malandro!".
Ra tim bum....
Deixa tudo subtendido, é praticamente a hora de você se virar daqui por diante. Sei que pode parecer duro, meio sem compaixão e em algumas conversar, coisa de alguém mal amado, mas prefiro ver as coisas deste ângulo, deste ponto de vista a ter uma decepção no futuro. Em alguns momentos admiro a educação dada aos filhos na parte norte do globo, quando apartir do momento em que ingressam em uma faculdade se tornam responsáveis por si, e os pais às vezes faltam querer ver o filho bem longe. Assim como eles ficam admirados em saber que na parte sul de um mesmo plante, filhos com quase 30 anos ou mais moram ainda com seus pais. Sei que dentro de um mesmo estado, ou cidade e ate bairro podemos ter educações completamente diferentes, e quem dirá heranças comportamentais em que se passa de geração para geração.
Mas acho que seja hora de acreditar que algumas coisas podem mudar e devem, pois uma corrente de situações ruins pode gerar pessoas com esse mesmo comportamento. Mas esperar que em uma sociedade onde tudo se torna mais competitivo, onde todos estão correndo atrás do seu espaço, e de um lugar ao sol, e acreditar que esse mesmo sol nasceu para todos, mas que a sombra é somente para alguns é inevitável. Só que aprender com a filosofia budista que o caminho do meio, o caminho do equilíbrio não só faz bem para um todo, mas principalmente para quem o pratica. E começar fazendo com que pessoas na qual um dia se dedicou tanto, não se sintam hoje um objeto, algo que deixou de ser novidade. Mesmo que não seja essencial, mas que se sintam alguém que fez e continua a fazer parte de sua vida.

18 de abr. de 2009

Assim como o café da manhã

Eu falo muito, sempre falei tanto que desde criança meus pais ouviam reclamações na escola, não fui um pestinha, longe de mim dar trabalho aos outros, era mais de ajudar, essa parte espoleta foi toda para meu irmão mais velho que eu. Acho que nasci falando, enquanto o medico cuidava da minha mãe, eu batia um papo com as enfermeiras, e não sei se esta escrito na minha testa, mas todo mundo que conheço logo conta todas as suas intimidades, de praxe querem saber da minha, mas a minha fica entre quatro paredes, melhor assim.

E sempre que estou entre amigos e desconhecidos, muita dessas vezes estamos em algum lugar, bar ou festa e estamos bebendo e jogando conversa fora, papo vai papo vem a conversa sempre insiste em cair no tema sexo. Não entendo como, mas sempre terminamos por falar no assunto, e por incrível que pareça, rende, mas rende muito e se estende por horas. Acho que não estou contando nenhuma novidade pra quem esta lendo isso aqui, pois pelo que sei e imagino com todos é do mesmo jeito, mas não sei se com vocês é como se fosse o expert, o sexólogo da turma o tira duvidas. Numa dessas conversas, uma tia, é assim que a chama, pois adoto todos por algum grau de parentesco, então essa tia me pergunta o que é “Café com leite e pão na chapa!”, seguido de um engasgo com um gole de cerveja, depois de muitas gargalhadas veio à resposta, “Ahm?!”.
Sim! AHM!? Não fazia idéia do que estava ouvindo, e não faço até hoje. E virou uma mesa redonda, onde tentávamos entrar em um senso comum do que se tratava aquela expressão, mas não conseguimos. Essa pergunta não é o foco hoje, queria entender por que esse assunto é fascinante, sei um motivo, acho que pelo fato de ser bom, mas muito boa a pratica dele, mas o assunto envolve as pessoas. Ate o mais recatado, o tímido aquele que não se pronuncia em momento algum, fica ali inerte, imóvel, mas atento a todos os detalhes. E como ele consegue empolgar as pessoas, se você estiver num bar ou festa, e por acaso ver muita gente reunida e gargalhando, pode ter certeza que se trata de sexo, principalmente quando todos são do mesmo sexo, ou preferência, pois muitas mulheres e gays juntos e certeiro o assunto.
O álcool ajuda muito nessa parte, embala as pessoas, e todos flutuam na conversa como anjos sedentos de informações, pois a troca de experiências e informações e constante, não me canso de ouvir um, “Como é que é?”, ou “Como faz isso?”, e “Me explica isso!”.
O temo no contexto escolar é chato, é obvio pelo fato de como ele é abordado. Uma professora que se porta a detalhes, as percentual, a estatísticas não poderia envolver adolescentes dessa forma. Lembro-me da primeira vez que tive aula de educação sexual, não foi a primeira, mas é a que me lembro, com uma professora maravilhosa da oitava série, que tratava os alunos de igual para igual e era seu ultimo ano lecionando.
Primeiro vimos uma animação onde as pessoas falavam abertamente do assunto, com expressões usadas no nosso dia-a-dia, era muito engraçado eu ate aquele dia não sabia o que era uma camisinha, já tinha visto, mas achava que eram bexigas. Depois a professora me aparece com uma banana, e nos mostra como colocar a camisinha, foi à situação mais engraçada e mais intimidante que tive na minha vida, sim ate mais que na minha primeira experiência sexual. A timidez que senti ao ver aquilo foi tamanha que meu rosto esquentou, não entendo o porquê, mas acho que era como compartilhar minha intimidade com todos ali naquela sala, e hoje entendo o porquê muitos preferem não ter essas aulas.
Mas compartilhar experiências, e ouvir a dos outros é ótimo, assim como a masturbação que nos ensina os caminhos do prazer em nosso corpo, esses papos nos mostram novas situações, novas experiências que às vezes pode agregar muito para uma vida a dois. Não pretendo de forma alguma deixar de falar sobre isso com meus amigos, sim amigos, pois não é exclusividade das mulheres não, os homens falam muito sobre, e comigo é diferente, as duvidas são varias, e varias vezes me sinto sabatinado por todos, bombardeios de perguntas e olhares atentos, pois é o mundo novo no qual eles não fazem idéia de como seja.
E não me acanho em deixar claro que gosto de falar sobre isso, não que seja um exímio praticante, ou o Dr. Sexo, mas que gosto de saber sobre, e tudo para mim é novo sempre. Gosto de me divertir, e sei que onde se fala sobre as gargalhadas são garantidas, seja a dois, ou com vinte pessoas. Calma, não estou falando da pratica, pois ai já viraria uma bagunça sem fim, que so o Kama sutra nos explicaria, mas sim de muita gente, e conversa alta e boas risadas. Pois assim como a arte o povo precisa de sexo, pois ate em períodos de crise, e guerras não param de nascer pimpolhos, então fica evidente que mesmo em crises a pratica não é deixada de lado de forma alguma, imagina falar sobre. E assim como fazer, falar tem que ser consciente, e em momento algum esquecer que preservativo e essencial, assim como o café com leite e pão quentinho no café da manã.

13 de abr. de 2009

Respeite minha incoerência

Não sei explicar motivos ou causas, mas todo e qualquer assunto polemico me atrai, e numa conversar com um amigo, sempre damos voltas e voltas e acabamos por falar alguma coisa, em que alguns julgam não poder ser discutidas. Quem nunca ouviu falar que, política, futebol e religião não se discutem.
Acho que fica evidente que, qualquer assunto em que se impõe limites, ou ao menos é desprezado e ignorado em qualquer roda de conversa, gera mais polemica que o necessário. E imposições foram feitas para quebras de paradigmas, quem começou com essa historia de não discutir, provavelmente sabia da fragilidade do assunto, ou ate mesmo tinha muito pouca informação sobre, para poder se sobressair perante questionamentos e duvidas e esclarecimentos. Na nossa cultura esta muito enraizada o fato de, uma pessoa mais velha saber mais que um com menos idade, mas minhas experiências mesmo que sejam parecidas, nunca trarão o mesmo aprendizado para você, ou qualquer outra pessoa. A vivencia das coisas e situações são únicas, é como uma mensagem, todos nós teremos um entendimento diferenciado.
Como posso ser doutrinado por alguém com base em um livro, se ao ler vou ter duvidas semelhantes ou completamente diferentes das suas? E quem disse que suas explicações é o suficiente? Por que você tem uma ligação direta com o Divino, ou uma entidade superior, e eu não? Se por acaso não freqüentar a mesma casa que você, e lhe disser que recebi alguma orientação ou mensagem que transcende o real, isso pode ser coisa de alguma magnitude má ou ruim?
Quem te deu esse dom? Quem te disse que você pode e eu não posso? Quem? Quem? Me diga quem? Você conhece? Você já viu? Onde ele mora? Onde ele vive? O que ele faz? Quem? Me diga quem?
Muitos têm essas duvidas e outras tantas, que se colocarmos em um papel as de todos, ate mesmo dos que insistem e dizer que não tem, mas que posso afirma com toda certeza um sim, faríamos o maior livro do mundo. E não preciso deixar mais claro que a água que estou me referindo à religiosidade, e principalmente a religião.
Um dia conseguirei entender como as pessoas seguem as orientações de alguém em que, não conhecem, não sabe de seu passado, pois falar que fez e aconteceu e já foi garota de programa, bandido, traficante, e blá blá blá e mesmo assim todos ali aplaudem, é meio incoerente. Pois se ao me deparar com alguém que exerce essa pratica na rua, deveria sorrir ao criticar, cumprimentar ao correr e temer, pois se trata de um provável e futuro evangelizador.
Não me recordo de ver alguém falar que já foi uma pessoa muito boa, que ajudava todos, que cuidava de doentes em hospitais, que alimentava os pobres, que amparava os drogados e feridos, visitava bandidos nas cadeias e se importava com os problemas da vizinhança. Ate hoje não ouvi essa pessoa dizer que foi salvo, que foi liberto e sua vida foi transformada. Elas estão mais preocupadas com outras tantas coisas a sua volta, do que simplesmente ser aceito numa sociedade, onde todos que fizeram algo de errado e foi apontado por esta mesma sociedade, hoje é bem visto e finge esquecer todo preconceito sofrido e recebido.
Dizem por aí sobre o próximo mau da humanidade, doenças, guerras, epidemias e tantas outras coisas, mas o preconceito sempre foi e continuara a ser o grande mau. Excluir uma pessoa por se diferente, pensar diferente é a maior prova de ignorância. Posso ser uma coisa que você não goste, pensar de forma completamente diferente de você, ter uma vida oposta a sua e você não precisa aceitar nada disso, mas me respeite. Boa parte das noticias de mortes, brigas, ofensas, agressões e discussões são frutos de um desacordo de pensamentos, as guerras são por pura falta de respeito à cultura e crendices do próximo. Acho que as pessoas deixaram de se preocupar com o próprio umbigo, e estão mais ligadas ao do outro.

Invadir um templo religioso só porque é diferente, tem praticas oposta as suas, discriminar, ofender, humilhar e agredir essas pessoas esta fora da minha realidade, e colocar essas atitudes que hoje em dia virou pratica, em plena TV aberta é algo surreal. E nenhuma autoridade faz algo contra isso, ao incentivo, sim, incentivo, pois o poder de um veiculo de comunicação é grandioso, e se uma pessoa em formação de caráter e personalidade presenciar isso, pode absorver como natural, como correto e teremos adultos intolerantes.
Esse futuro não esta longínquo, ele bate a nossa porta todas as manhãs de domingo, ou todos os dias a noite na TV, ate mesmo durante as tarde em nossos ouvidos ao procurarmos uma estação de radio. E os mesmos críticos que insistem em apontar o errado, andam agregando aos seus eventos e cerimônias, musicas e danças em que condenam. Será que é para atrair os adeptos? Ou como no meio cultural, que o mercado anda tão concorrido que algo que faz muito sucesso pode ser absorvido, e identificado pelos freqüentadores como bom, só por ouvir e participar da dança dentro de um templo religioso? Às vezes me espanto ao perceber meus pensamentos, de como seria um evento religioso onde seus adeptos entram em alfa ouvindo funk...
É provável que poucos pensassem nisso, e não quero promover uma desordem social ou religiosa, quero apenas solucionar minhas duvidas, e quem sabe de muitos outros. Pois nunca houve na historia um livro que sofresse tantas modificações, tantas traduções diferentes, inclusões e retiradas de textos e livros como o seguido e usado por boa parte das religiões. E ninguém ousou questionar essas modificações, perceber que mudar algo para o que convier é melhor e mais fácil que convencer pela inteligência e coerência.
Acusar e usar um livro respeitado por muitos, seguido as cegas por quase todos, para excluir e descriminar alguém ou um grupo é muito mais fácil que assumir o próprio preconceito. Não tenho medo de dizer que acredito, não acredito e muito menos sobre que gosto ou desgosto, mas esse não seria bem o melhor adjetivo o medo, mas o que falta mesmo e mais uma vez insisto em afirmar é o respeito, respeitar o próximo seria essencial para uma boa convivência. Se não gosta ou concorda com o tipo de vida, as convicções e crendices, ignore, mas respeite, todos temos o livre arbítrio, mas acreditar numa verdade absoluta onde todo o contexto prima pela diversidade é complicado.

9 de abr. de 2009

Já que não me comprou, me diga o porque!

Com certeza toda pessoa que tem uma vida ativa já passou por isso, e algumas com certeza passaram por mais vezes. Entrevistas de emprego podem ser algo cansativo e muitas vezes engraçado, você vê de tudo e conhece muita gente também. A rotina às vezes pode levar a desistência, achar que não vai sair nada daquele mato, que todos os coelhos correram com a seca que chega junto à crise.
Boa tarde!
Preenche isso aqui?
Já falo contigo!
Espera só um minutinho!
Fale-me de você...
Como veio parar aqui?
Sua experiência profissional...
Por que você?

Sempre as mesmas perguntas, em qualquer empresa você parece estar fazendo à mesma entrevista. Com uma regra para se conhecer as pessoas, mais parece que pensaram em um padrão, pode ate ser um para o comportamento interno da empresa em questão, mas acho que para analisar as pessoas, teriam que ter algo mais alem do que se vê e encontra por ai hoje em dia.
Em alguns lugares pare que o entrevistador não esta preparado, pode ser a impressão que eles queriam dar, mas você fica se pergunta como ele pode estar do outro lado do balcão se você se sente mais preparado do que ele. Mas depois de tantas repetições fica tão artificial, que tudo parece decorado, as pessoas parecem ter um repertorio e deixam de lado a espontaneidade, a sua personalidade. A preocupação de agradar, de acertar, de falar o que as pessoas querem ouvir deixa a duvida do que realmente são, e a convivência, no dia a dia não se consegue manter.
E se vender como uma mercadoria ou objeto, às vezes parece tão surreal que o objetivo da entrevista fica subtendido, e fica mais evidente a cada dia que um rostinho bonito não convence mais do que a capacidade. Se eu sou capaz de me vender em busca de uma vaga numa empresa, posso vender qualquer coisa, e todos se vendem literalmente.
Após todo esse processo cansativo de entrevistas, onde esperar por um longo tempo parece parte do pacote, a ansiedade parece deixar os minutos de espera mais longos do que o habitual, que faz com que a lei da relatividade se confirme. Longos diálogos que faz com que você implore mentalmente por um copo de água, e as pessoas não se lembra que o clima seco de Brasília, por exemplo, exige hidratação total. O nervosismo faz com que sua boca seque, suas mãos fiquem frias, a barriga doe e seu corpo sue como uma chaleira, mas mesmo assim você insiste em fazer cara de paisagem como ninguém percebesse sua tensão.
Alguns sacodem as pernas, outros têm cacoetes como coçar o rosto, mexer no cabelo e surgem gírias, e vícios de linguagens. E vários pedidos de desculpas e mais desculpas, e outras pessoas esperando a sua vez de falar, e enquanto isso vai pensando no que dizer, e enquanto um é sabatinado pensar nas prováveis respostas daquela mesma pergunta e de praxe surgem novas perguntas, e algumas outras são esquecidas. E vem a neurose, pensar que não gostaram de você porque não perguntaram o mesmo para o outro e comum. E o processo de tortura não para por ai, a espera da resposta é o pior, pois falam que vão ligar, e os dias não passam e quando passar bate um fiozinho de tristeza que não pode se explicar.
O retorno do feedback é tão importante quando a noticia da sua seleção, quando alguém te informa que você não foi escolhido e te deseja uma boa sorte, e tão gratificante que a tranqüilidade volta, e o melhor é quando apontam os pontos de melhoria, para que você corrija seus erros e vá melhor preparado para uma próxima oportunidade. O respeito deveria ser primordial, e demonstrar para uma pessoa que se dispôs a ir, esperar, e se submeter dinâmicas de grupos, onde fazemos algo que jamais faríamos em qualquer outra situação, creio que essas pessoas mereçam um pouco mais de atenção.
E segurem seus empregos quem os tem, pois a fila em busca de uma nova oportunidade parece não parar de crescer, enquanto as estatísticas dizem o contrario o que vemos é uma busca desesperada por uma recolocação no mercado. Mas vamos esperar que mude o conceito de que “o poder esta no caixa”, e os que estão em posição de escolher e dar ordens aprenda que todo ser humano merece ser tratados com dignidade. Não que tenha presenciado alguma situação constrangedora, mas a falta de atenção parece demonstrar que, só merecemos ser bem tratados quando servimos e depois tanto faz.

8 de abr. de 2009

Sonhos e pesadelos

Estava cá com meus botões pensando, no que fazemos em boa parte da nossa vida para não decepcionar as pessoas que estão próximas agente, e me lembrei dos sonhos que meus pais tinham para meu futuro, as expectativas sobre minha pessoa, sobre o que seria e o que faria.
Com toda certeza não superei nem 10% delas, pois decidi seguir os meus sonhos, os meus instintos e tentei ser feliz, o Maximo que pude, andei pelos caminhos que vi, segui as vozes que ouvi. Mas procurei meu destino que é único, e que não teve interferências contra ou ao meu favor. Não sei se fiz a melhor opção, mas essa é minha vida, e me satisfaz saber que cheguei até aqui com meu esforço, por meu mérito único e exclusivamente.
Não sei quais eram os sonhos de seus pais sobre você, para seu futuro profissional, e nem poderia saber, talvez quisessem que você fizesse medicina, mas você queria mesmo era fazer turismo, e viajar o mundo com uma bela e pesada mochila. Já ouvi reclamações de algumas pessoas em que os pais desejam que façam faculdade de direito, para continuar com o escritório da família. Eles perguntam o que você realmente quer fazer? Será que eles escutam?
Dramas, choro, e até um apelo psicológico onde reclamam profunda decepção sobre nossas escolhas. Todos nós estamos suscetíveis a isso, mas agora vamos fazer um exercício.
Eu amo meus pais e espero que seja o mesmo com você, lógico que não é uma regra, não é obrigação, cada um sabe de sua vida e seus sentimentos, mas com tantas imposições, eles alguma vez pararam para te perguntar se são o que você esperava de seus pais? Não sentimentalmente, ou a atenção ou a falta deles em relação ao seu dia a dia, mas o profissional, ou a vida que levam, o ser humano o exemplo de vida? São o seu norte?
Será que você não acharia melhor, ou até mesmo teria maior orgulho de ter um pai advogado ao invés de um médico? Que sua mãe workaholic não te da tanto orgulho quanto as donas de casa, dedica aos filhos e maridos? São alguns exemplos acho eu, que todos não só nossos pais, mas todos criam ilusões e muitos se esforçam para realizá-las, e para aqueles que almejam ser feliz isso pode implicar em anular algo que te satisfaz, algo que te realiza ou te completa em prol do bem do outro.
É a síndrome do super herói, chamar a responsabilidade para si, achar que você é o culpado da tristeza ou da alegria alheia, pensar que você pode fazer alguém feliz realizando os sonhos deles, e esse transporte geralmente é causado por uma ligeira frustração, às vezes nem se percebe que depositamos em nossa prole o que não conseguimos, ou pudemos fazer.
Mas remexendo meus botões mais um pouquinho, tentei organizar, pregar um aqui outro ali, e continuava a remexer neles. Será que o meu êxito será tão grande, tão contagiante que faria com que você sentisse o mesmo que alguém sente quando se conquista seus sonhos? E se você não chegou, ou fez o que queria, já pensou se deu o Maximo de ti, que realmente foi à luta por seus sonhos e ideais?
Se não chegou lá, no topo, onde tanto quer que seu filho alcance, porque ele terá que fazer isso? Se esforçar e conseguir, já que você não fez? Porque batalhar por uma coisa sua, se você não fez? Porque fazer uma vontade sua, se você não respeita a dele e sua individualidade?
Quando seu filho disser que vai fazer faculdade de Administração de empresas para tocar os negócios da família, olhe bem nos olhos dele e pergunte se realmente ele quer isso, ou se é porque você tanto quis, ou porque suas frases deixaram implícita essa vontade. Pense que se você chegou onde esta, um profissional bem sucedido, a família que tanto quis com filhos, mulher, casa grande e carro do ano com suas pernas, ele pode ser capaz de fazer o mesmo ou ir alem.
Todos os seres humanos têm direitos a sonhos próprios, metas e conquistas, se não pode ajudar para que conquiste não atrapalhe, não imponha suas vontades, mas deixar que tomem suas decisões. Pois seu sonho pode se tornar o pesadelo de alguem, e entendendo as necessidades e vontades do outro, assim pode ser o melhor caminho para que se torne uma pessoa melhor.

7 de abr. de 2009

E agora?

Quantas pessoas, pais, mães, irmãos e amigos já ouviram a frase "Eu sou gay!"?
Sim! Isso é muito chocante para grande maioria da população mundial, ouvir isso de uma pessoa na qual se ama, e jamais pensou ou passou por sua cabeça tal possibilidade, pode desestruturar um relacionamento. Uma vez abalado esse sentimento mutuo entre duas pessoas, pode ser um caso perdido onde tentar recuperar pode ser um trabalho árduo.
Então para que gritar, chorar, espernear se isso não tem escolha? Sabe aquela expressão, "Opção sexual!"? Então! Já caiu em desuso há muito tempo, todos em algum momento já ouviram "Orientação sexual", porque isso não tem escolha. Não podemos optar por um ou outro sexo, somente nos casos de bissexualidade, e há quem diga que isso não exista, mas existe sim! Eu não saberia explicar como é ser bissexual, acho que eles mesmos não saberiam com exatidão, mas posso pensar que é como gostar de sorvete de creme de chocolate ao mesmo tempo, e sempre querer tomar dos dois ao mesmo tempo. Como no caso do sexo isso se torna tarefa difícil, então um dia tomo de chocolate e no outro creme.
E eles saem ganhando, pois numa balada sempre vai pintar algo. Sempre ouço isso de alguém, pode ser agressivo me expressar assim, mas acho que ser muito claro quando se fala de sexo e sobre todos os outros assuntos, não gera polemica e muito menos lendas.
A homossexualidade não é uma coisa que sofre influencia do meio, ou das circunstancias e muito menos é algo predestinado, ou alguma anomalia do cérebro ou corpo. Nada disso pode ser afirmado ou desmentido com alguma exatidão, mas por que estudar isso e não a heterossexualidade dos indivíduos?
Se o ser humano pode pensar, pode evoluir? Porque nosso tesão, nosso sabor pelo sexo não pode evoluir também? Se pudermos transitar entre tantas possibilidades e buscar o que melhor me satisfaz, por que me reprimir e me contentar com algo que não esta me fazendo bem? Só por que você quer? Ou por que a sociedade não me viria com bons olhos, ou ate mesmo correria o risco de ser excluído?
Sempre escrevo fazendo muitas perguntas, mas aprendi que não posso dar respostas, não posso mostrar minha verdade como absoluta, mas posso ajudar a pensar, e quem sabe fazer você de certa forma pensar um pouco parecido.
Com a onda do politicamente correto já ouvi inúmeras vezes a pergunta, "Como devo me referir? Chamo de gay? De viado? De bixa ou homossexual?". Complicado tentar facilitar as coisas devido ao medo de ofender, mas como saber se você esta agredindo ou invadindo a individualidade de alguém sem tentar?
Acho que nessas horas o melhor é usar adjetivos simples, digo sempre, "Me chame de gay!", uma palavra simples e pequena, que transmiti alto astral, alegria que é o verdadeiro sentido dela. Esse era o espírito de um gay, uma pessoa alegre, divertida onde todos a sua volta sempre estavam sorrindo e se divertindo, mas com tantos preconceitos que começa sempre dentro de casa, é quase inevitável não passar por isso. E já não são tão alegres como antes, e boa parte sofre de um mal silencioso e que às vezes pode levar muita gente aos extremos, a depressão é um mal tão poderoso que pode destruir uma pessoa sem que os outros percebam.
Ser expulso de casa, sofrer agressões são algumas situações que algumas pessoas passam por se expor. Mas existem casos de uma recepção com naturalidade e com certo carinho, e para que isso aconteça nada melhor que muita informação e amor.
Seu filho, seu irmão, seu amigo, ou seja, lá qual for o grau de relacionamento que você tenha com um gay, ou bissexual, ou pansexual não vai mudar por você saber que ele é isso, o caráter dele não muda isso faz parte dessa característica que nos torna únicos no mundo, assim como nossas digitais isso nos diferencia entre tantos. Você apenas acaba de saber mais uma característica desse ser humano incrível ou detestável que você conhece, pois assim como o restante da população mundial tem os bons e ruins.
Então quando souber de algo nesse sentido sobre alguém, e você pensar se isso tem reversão e até mesmo fazer algum comentário maldoso a respeito, procure se informar, ler e até quem sabe um analista. Isso um psicólogo, pois o problema pode não ser com o alvo da critica, e sim você que precisa entender que somos livres para encontrar nosso caminho. Seja qual for ele, fácil ou tortuoso ninguém tem o direito de interferir, no máximo ajudar para que não caiamos de cara no chão com nossos tropeços, e para essa ajuda basta segurar pela mão e ajudar a se levantar depois de cada tombo.