22 de abr. de 2009

Mas é hora de que mesmo?

Aquela historia que disse no meu ultimo post continuo a afirmar, pois não importa a idade ou a vivencia de alguém, minhas experiências nunca trarão os mesmos resultados para você, e se acontece o mesmo contigo. Já ouvi tanto que agente não conhece ninguém, e que não duvidemos do que os outros são capazes de fazer, pois nada como a convivência para saber o que de fato pode ocorrer.
Quando você chega e um novo lugar, ou é aceito em um novo grupo tudo se torna ótimo, a recepção de todos, a alegria em te conhecer, de compartilhar conversar e experiências, as festas e bebedeiras, o trabalho, almoços e jantares, tudo muito divertido. Mas somos como crianças recém nascidas, alguém já prestou atenção como é o comportamento de todos em torno de um novo rebento?
Aqui acho que não precisa deixar mais claro que exponho meu ponto de vista, então logo não se trata de regras, mas sim de uma visão única de todos ao meu redor. E convivendo com pessoas diversas, percebi que o comportamento de todos sempre é bem parecido. Como em relação a uma criança, ate o terceiro ano ela é paparicada por todos, recebe mimos e atenção constante. Mas ao completar essa fase aos poucos todos deixam de lado esses cuidados extras, como se ela fosse capaz de sobreviver sozinha, ou ao menos se virar, pois ate ali já aprendeu muita coisa, só falta desenvolver suas habilidades. Os mimos constantes já passam a ser por merecimento e um olhar de, “Você consegue!” seguido uma ajuda com uma expressão de mau humor no rosto é obvio. Os únicos que continuam com uma paciência fora do comum, mas mesmo assim com algumas mudanças são os pais, aqueles com quem poderão contar sempre.

Esse é apenas um exemplo para dizer como as pessoas se comportam diante de algo novo, de uma casa nova, de um carro novo, de uma roupa nova e por que não diante de pessoas novas em nossos ciclos de amizades, familiares e ate mesmo de trabalho.
Mas às vezes perceber que os prováveis culpados para essas mudanças somos nós, é um passo para corremos atrás do prejuízo, e não necessariamente fazer com que algo perdido volte atrás, mas ir adiante à luta de novas conquistas. E fico imaginando tentando entender o sentido da musica que cantamos para comemorar um aniversario de alguém, mas para quer perder meu tempo se muitas coisas na vida não fazem sentido algum.
Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida

Ate ai tudo bem, podemos compreender a mensagem da musica claramente, mas depois de repetir isso algumas vezes, chega uma parte que não tem nexo algum.
É pique é pique é pique é pique é pique
É pique? Mas ate onde sei pique é coisa de brincadeira, onde não se pode ser o que vai atrás de todos.
É hora é hora é hora é hora é hora
Mas é hora de que mesmo? dependendo da idade isso pode ser um, "É hora de você dar um jeito na sua vida malandro!".
Ra tim bum....
Deixa tudo subtendido, é praticamente a hora de você se virar daqui por diante. Sei que pode parecer duro, meio sem compaixão e em algumas conversar, coisa de alguém mal amado, mas prefiro ver as coisas deste ângulo, deste ponto de vista a ter uma decepção no futuro. Em alguns momentos admiro a educação dada aos filhos na parte norte do globo, quando apartir do momento em que ingressam em uma faculdade se tornam responsáveis por si, e os pais às vezes faltam querer ver o filho bem longe. Assim como eles ficam admirados em saber que na parte sul de um mesmo plante, filhos com quase 30 anos ou mais moram ainda com seus pais. Sei que dentro de um mesmo estado, ou cidade e ate bairro podemos ter educações completamente diferentes, e quem dirá heranças comportamentais em que se passa de geração para geração.
Mas acho que seja hora de acreditar que algumas coisas podem mudar e devem, pois uma corrente de situações ruins pode gerar pessoas com esse mesmo comportamento. Mas esperar que em uma sociedade onde tudo se torna mais competitivo, onde todos estão correndo atrás do seu espaço, e de um lugar ao sol, e acreditar que esse mesmo sol nasceu para todos, mas que a sombra é somente para alguns é inevitável. Só que aprender com a filosofia budista que o caminho do meio, o caminho do equilíbrio não só faz bem para um todo, mas principalmente para quem o pratica. E começar fazendo com que pessoas na qual um dia se dedicou tanto, não se sintam hoje um objeto, algo que deixou de ser novidade. Mesmo que não seja essencial, mas que se sintam alguém que fez e continua a fazer parte de sua vida.

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